Exclusivo: “Tenho o sonho de ser prefeito sim, mas não agora”, afirma André Fufuca.

Dando continuidade as entrevistas com os eleitos de 2014, o Blog da Cristiana França conversou com o deputado federal eleito pelo PEN, atual deputado estadual e formando em Medicina, André Fufuca. Durante a entrevista, Fufuquinha, que é o segundo deputado federal mais jovem do País, com apenas 25 anos, confidenciou ao blog o sonho de ser prefeito do seu município, Alto Alegre do Pindaré, afirmou que vive uma maturidade política, e garantiu ser um político de posicionamento, independentemente da situação. Confira abaixo os principais pontos da entrevista com o deputado.

Em quatro anos de vida pública, você já passou pelo PSDB, PSD e PEN. Qual o motivo de tanta mudança em tão pouco tempo?

Na verdade, só os partidos que mudaram, mas meu pensamento é o mesmo, que é lutar por quem mais precisa, ou seja, pela minoria. Mas o Estado foi testemunha da minha saída do PSDB. Na época, fui perseguido internamente por ter votado na governadora Roseana. Hoje, o PSD é um partido que não tem representação nem federal e nem estadual.

-Em 2010, seu pai, Fufuca Dantas, teve problemas com a justiça e você acabou sendo o candidato. Depois de resolvida a questão, você já estava eleito. Sempre gostou de Política ou teve aquele velho empurrão do pai?

Sempre acompanhei meu pai, desde criança. Até a profissão que escolhi, que foi a medicina, foi pensando na Política, pois ajudar os outros é a minha maior missão. Tive muita ajuda do meu pai e tenho até hoje, mas acredito que minha vontade pessoal de entrar na política foi o principal agravante para eu poder sair candidato.

– No pleito de 2010, você obteve 32. 628 votos. Já em 2014, foram computados quase 57 mil votos a seu favor. Um aumento de 24 mil votos, o que equivale a 42,57%. A que se deve esse diferencial?

Hoje todo mundo usa um nome novo, novidade, jovem, com qualidade, mas nem todo mundo recebia como qualidade. Até porque a juventude era equiparada com a inconsequência, irresponsabilidade. A população não tinha entendimento que precisávamos dar uma oxigenada na política. Em 2010 começou essa renovação na Assembleia Legislativa e 2014 foi a da Câmara federal. Hoje, a população já captou essa mensagem. Não tive padrinhos fortes e nem estruturas milionárias. Então, minha única opção para me manter na política, foi me dedicar a quem me elegeu, e assim o fiz. Todos os municípios os quais fui votado em 2010, e nesse ano minha votação aumentou nessas mesmas cidades. Política se faz no dia a dia, e não somente de 4 em 4 anos.

– Em Alto Alegre do Pindaré, seu reduto eleitoral você obteve mais de 5 mil votos. Seria aí uma possibilidade para uma campanha de prefeito em 2016?

Comecei na política com o sonho de ser prefeito em Alto Alegre do Pindaré. Acho que poderei contribuir sim como prefeito, mas o momento não é agora. Tenho um momento de maturidade política que eu posso ajudar muito mais minha cidade em Brasília , do que estando diretamente lá. Portanto, não serei candidato a prefeito, mas apoiarei alguém apresentando essa ideia, do fortalecimento, pois quando você tem um prefeito e um deputado federal alinhados, é muito mais fácil de trazer recursos, e consequentemente, se desenvolver. Além do mais, não posso abandonar quase 60 mil amigos que me confiaram esse mandato.

– Neste pleito de 2014, qual foi sua posição real em relação ao Governo do Estado, e de que forma você vai se relacionar com o governo Flávio Dino?

Votei em Lobão Filho, não fiquei em cima do muro em momento algum, pois uma das coisas que eu sempre tive foi posicionamento. A população queria mudança e a maioria votou no Flávio Dino. Minha postura em relação ao governo Dinista é de completo respeito, irei cobrar o que tiver de cobrar, defender o que tiver de defender, e elogiar o que tiver de elogiar. Não farei uma oposição burra, sem argumentos. A população já mostrou que não quer mais palavras, e sim, ações.

– O seu slogan de 2014 foi “Vamos construir juntos boas ideias”. De que maneira você pretende começar a construir essas boas ideias com os seus eleitores?

O meu mandato é um elo de ligação entre a população e a câmara federal. A população reclama demais da ausência do deputado federal, do senador, e diante disso, quero aproximar as pessoas do meu gabinete. E é também por conta disso que vou fazer esse elo de ligação para construirmos boas ideias, pois não se constrói projetos e nem ideias, dentro de gabinete. Você resolve escutando a população, conversando nas ruas e procurando ideias. Um governo que não se comunica, que não atende ninguém, é findado ao fracasso. Peço que a população também me ajude e que me procure para construirmos mais boas ideias e principalmente, tentar executá-las.

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